Crítica Cinematográfica, Take 1

Para provar que este blog é um espaço cultural e não só um sítio onde as pessoas vêm encontrar mais uma razão para pôr fim à vida, é com orgulho que inauguro o...

***Espaço Cultural***

(hem? catita, não está?)

E por onde começaria eu nesta minha aventura no domínio sociológico humano? Nada mais nada menos de um filme que saquei da net já há algum tempo, de título original Freaks, ou em português Aberrações.

O Filme data de 1930

Ora bem, o filme relata a história de alguns dos participantes num circo, que conta com a presença de alguns dos chamados "monstros", que atraiam as populações para as chocar. No fundo, pessoas normais, mas com deficiências peculiares.
Mais pormenorizadamente, o filme trata mais promenorizadamente de 3 micro-encefálicos (aquelas pessoas com um crânio bastante mais reduzido), alguns anões, um "homem-esqueleto", uma mulher barbuda, uma "metade-homem, metade-mulher" (desconheço o termo verdadeiro), um "half-boy" (um homem apenas com a parte superior do tronco), duas mulheres sem braços, um chamado "torso-humano" (um homem com cerca de 50 anos constituído apenas por cabeça e tronco), e outros característicos do circo, mais "usuais", sejam a bela trapezista, o palhaço, a tratadora de animais, o "Hércules" e o engolidor de espadas.

Para quem leu até aqui, pode pensar que se trata de um filme de troça dos ditos "freaks", que fazem o espectador tomar um ponto de vista de forma a afastar-se desses seres anormais. Posso dizer que o filme quer dizer exactamente o contrário: que muitas vezes os "freaks" não são aquelas pessoas com limitações, mas os "normais" que troçam e abusam deles. Mostra também o lado humano que estas pessoas também podem ter.

O argumento é excelente, para quem pensava, como eu, que fosse um filme de moral apenas para dizer "não gozes com quem não é igual". Trata da paixão que um anão que acabara de herdar uma fortuna pela trapezista, que se acha superior a todos os outros. A trapezista procura apoderar-se do dinheiro com a ajuda do seu amante, o Hércules. Mas todos os outros "freaks" mantém um código, e ela saberá o custo de o violar.

A edição em DVD, acabadinha de sair, possui um documentário excelente, dando biografias sobre todos os "freaks", dos quais não posso deixar de referir o Prince Radion, o homem que não possui pernas nem braços, negro com 50 e tal anos na altura do filme. Segundo o documentário, Radion nasceu assim, viveu SESSENTA E TRÊS ANOS na boa, CASOU-SE, fazia tudo do dia-a-dia (prova disso é um excerto no filme onde o vemos a acender um cigarro com a boca), e o seu personal assistent era O SEU FILHO!!
E a questão que todos colocam é que..."Como??"
Ao que respondo: Pelos vistos, sempre tinha um membro...hehehe=D"
Aliás, passo a referir que estes "freaks" não tinham uma vida nada má. Um dos micro-encefálicos, chamado Schitzle, com claras deficiÊncias mentais, viveu até aos oitenta anos, cheio de dinheiro.

Dá que pensar...

Num próximo post, talvez ponha umas fotos destes "freaks" para saberem do que falo.