sábado, outubro 29, 2005

Era só para dizer que...

...neste preciso momento encontro-me a ouvir o "Karma Chameleon" dos Culture Club.
Isto de ver um anúncio do esquadrão G faz coisas más às pessoas...

segunda-feira, outubro 17, 2005

Eu estive lá!

Pois o blog d' O Lebre apresenta aquele que acredito que venha a ser o vídeo com mais downloads na Internet. Qual Paris Hilton, qual quê!

Este colosso do mundo bloguístico apresenta-nos o excelente e inédito momento musical do mestre Cid no seu concerto na Achada, referido neste mesmo blog há uns tempos atrás. E que momento, senhores!
Trata-se da exclusiva performance da raridade "Favas com Chouriço", interpretada a solo pelo mestre.

Inesquecível!

sexta-feira, outubro 14, 2005

Detergentes e afins.

Se a publicidade de bancos é algo duvidosa, o contrário se passa com os anúncios de detergentes!
Todos eles, mas TODOS são de qualidade. Parece que é uma lei natural: um detergente necessita de propaganda magnífica.

Analisemos os seguintes exemplos:
- Num dos mais célebres anúncios de detergentes, está uma senhora feliz da vida a estender um lençol aparentemente branco quando, como que por milagre, surge um senhor vindo de dentro do lençol (reparem como isto é verossímil), para dizer que não senhora! Aquele lençol não é tão branco como isso, e que para provar isso mesmo, transporta-a para dentro das fibras dos lençóis. Aí, realmente, existem umas quantas sujidades entrelaçadas nas fibras da peça. E com os dois lá dentro dos lençóis;

- Outro mostra uma senhora idosa (que, se bem me lembro, já o era desde quando eu era pequenito) que mostra que, se utilizarmos o detergente X, a roupa rasga-se espalhafatosamente, mas se usarmos o detergente que ela anuncia, a roupa fica limpa e branca que nem a dentição do Herman. Melhor! A roupa fica protegida contra qualquer rasgadela;

-Um dos melhores é quando vários marinheiros bastante "felizes" anunciam o Xau como óptima escolha devido ao reduzido preço. O anúncio termina com os marinheiros semi-nus a serem chicoteados pelos outros fardados. Suspeito...

- O final é, porém, a piéce de resistance dos anúncios de detergentes! Um anúncio que tenta passar a imagem de uma demonstração ao vivo de como o detergente é eficiente. Um indivíduo suja deliberadamente três senhoras que ficam extremamente pesarosas e atiram com o "essa nódoa nunca vai sair". Mas, milagre dos milagres, a nódoa sai. Com o outro detergente ficaria uma bela medalha lá inscrita, mas com o fabuloso produto fica um branco imaculado.

Formidável...

quarta-feira, outubro 12, 2005

Pensamento do dia

«Vítor Espadinha é dos mais multi-facetados artistas portugueses: É um péssimo músico, péssimo actor, péssimo apresentador de TV e estou convencido que se lhe dessem oportunidade, seria também um péssimo toureiro."
RICARDO ARAÚJO PEREIRA

Mais um ícone da música portuguesa - Graciano Saga!

Isto é fantástico! Ainda nem me recompus de ouvir grandes êxitos de Marante, e eis que já parto para outra: afirmo sem hesitar que Graciano Saga corresponde a um dos grandes cantores portugueses!

Se há uma coisa que admiro em Graciano Saga, é a sua fantástica capacidade de escrever letras onde tudo termina mal. Ou seja, não há música sua onde não morram, pelo menos, duas pessoas (a média de mortes por música de Graciano Saga é de 2.16).

Peguemos nesse ícone da música popular portuguesa, que creio já ocupar o Hall Of Fame da canção Lusa (ao lado de, por exemplo, "20 Anos" do mestre Cid), de nome Vem Devagar, Emigrante. Nela, Saga relata a triste história dum emigrante na Alemanha que, ao vir visitar Portugal para ver o seu paizinho doente, tem um trágico acidente em Espanha onde morre, não só ele, mas também a sua esposa e o seu rebento.

Alerto desde aqui que Graciano Saga tem o "dom" (eu chamo-lhe assim...) de relatar um episódio tristíssimo com a maior insensibilidade possível. Não só o tom de voz monocórdico (característica do cantor), mas as expressões que usa são tudo menos o que esperamos encontrar numa música de pesar, como esta deveria ser.

A música começa com um apelo do cantor ao civismo nas estradas, onde lembra o bonito e lamechas ditado "Mais vale um segundo na vida, que a vida num segundo". Quase que é comovente. Quase.

Depois, toca de relatar o incidente. Ele diz que o emigrante chegou do trabalho, fez a mala e pôs-se à viagem. E depois é só acelerar. Até que, perto de Espanha, com o sono já a apertar, despistou-se, e o "carro malvado" estampou-se.

A seguir, GS relata as intenções de ver e beijar o paizinho doente no hospital, o que levou ao emigrante a meter prego a fundo. Mas eis que perto de Benavente, o emigrante adormece e, reparem como a letra é sensível, "Num camião foi bater, e deu-se o choque frontal".

Só aqui é que ficamos a saber que a esposa e o filho também seguiam viagem e que "sem saberem de nada, morrem no caminho". Ou seja, o ouvinte está tão espantado quanto os próprios ocupantes do veículo. Fantástico.

E agora vem a piéce de resistance. No hospital, mal se soube da notícia, o pai doente fechou os olhos e - reparem bem nisto - também ele morreu.

Ou seja, em quatro minutos de música, obtemos umas formidáveis quatro mortes! O que dá uma morte por minuto. Fantástico, nem o Schwarzenneger no "Commando" consegue tal proeza.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Junk food

Existem apenas duas certezas na vida: a de que um dia morreremos e a de que a comida das cafetarias de hospitais e afins não vale ponta de corno.

Eu já sabia disto à muito tempo, e talvez tenha sido por isso que entrei receoso na cafetaria do hospital CUF no parque das nações (onde me tinha dirigido para dar boas vindas a mais um membro da família). Ora por detrás daqueles limpinhos tabuleiros e salgadinhos catitas, e daquele aspecto inocente de Estação de Serviço, esconde-se algo que é motivo para uma nova visita ao hospital, desta feita sob o papel de paciente.

Por exemplo, eu hoje "almocei" lá uma merenda e uma parra. Ambas eram DEVERAS intragáveis. Bebi também uma Pepsi, que foi, sem dúvida alguma, a minha melhor peça da refeição.

Mas porque é que tudo nestes lugares sabe tão mal? Quanto aos outros locais, eu não sei. Mas, acreditem ou não, acontece que no elevador, por equívoco, dirigimo-nos primeiro ao piso -1. E o que vi eu nos letreiros mal se abriu a porta? Estavam lá, felizes e contentes, duas tabuletas que apontavam o caminho para a Cozinha e outro, em cima, para a MORGUE! O resto deduzam vocês...
Graças a Deus que eu não pedi o rim de chocolate para comer!

Em cima, da esquerda para a direita: Prato onde estava a merenda antes de ir para o lixo, copo de Pepsi, lata de Pepsi com o Ronaldinho Gaúcho, Parra semi-comida.

terça-feira, outubro 04, 2005

Por muito que isto me custe...tenho que revelar a verdade!

Quase que estou a chorar ao escrever este post...Então não é que eu, ávido fã do mestre do José Cid e fundador/único membro dos Cid Vicious vou meter algo que entra em contrasenso com o meu aprezo pela música do mestre? Mas é verdade...

Isto que eu vou dizer não é novidade nenhuma, já que a Cid Mania já falou disto. Mas para aqueles que são demasiado preguiçosos para irem ver ao site (porque custa muito!), aqui vai.

Estão cientes da música "Cai Neve em Nova York", do mestre, certo? Foquemo-nos no refrão, que consiste no seguinte...

"Cai neve em Nova York
Há sol no meu país
Faz-me falta Lisboa
Para me sentir feliz

Não há mais pôr do sol
Em Sunset Boulevard
Cai neve em Nova York
Ninguém vai-me encontrar"

Caro José Cid, Nova York não possui, nunca possuiu e estou certo que nunca possuirá nenhuma Sunset Boulevard. Sunset Boulevard encontra-se em LOS ANGELES, que é a aproximadamente 4000 km de Nova York. Uma parafernália de distância, portanto.
Quem sou eu para questionar os dotes do mestre, mas eu, assim como a malta do Cid Mania, recomendo uma consulta prévia a um mapa de uma cidade sobre a qual vou cantar.

Acontece aos melhores...

sábado, outubro 01, 2005

O slogan/anúncio mais pateta do momento...

...é este:

Desde há uma série de tempo que os anúncios dos Bancos têm decrescido substancialmente de qualidade. Se bem que esta nunca atingiu patamares muito altos.
Até há pouco tempo, só tinhamos que lidar com o deveras irritante ciclo de "Já falaste com o teu banco? Não, falei com o teu", que já se arrasta à uma catrafada de anos, instituido por um banco rival. A publicidade desse banco, que eu nunca cheguei a perceber o significado, contava com as mais diversas variantes: Ora era o pai a falar com o filho à beira-mar, ora os recém-casados ao pôr-do-sol, etc. Tudo acompanhado pelo melodia de violinos que, essa também, já não se aguentava ouvir.
Pois eis que chega uma tentativa de concorrência. No recente anúncio do Millenium BCP, surge Pedro Abrunhosa de fatiota branca (feito Manuel Luís Goucha) a cantar uma melodia que consegue ser mais entediante que mil e trezentas audições dos violinos do outro anúncio. Melodia essa que consiste numa letra feita de setecentas frases repetidas de "Eu estou aqui". Mais uma vez, é bom constatar que parece que os bancos têm qualquer decreto de lei que os proíba de incluir uma frase directamente ligada ao serviço que oferecem. Levantam-se duas questões quanto ao "Eu estou aqui"...
a) Pedro Abrunhosa? Pel'amor de Deus! Seria bastante mais aceitável um José Cid, um Marante, um Clemente ou mesmo um Manuel João Vieira!
b) "Eu estou aqui" poderia ser um exemplo de slogan para, por exemplo, uma pomada para hemorróidas. Agora para um banco?

Bancos e boa publicidade são como água e azeite: não se conseguem misturar.
Tenho dito!